Em congresso, Presidente do Tribunal pede atenção ao planejamento
08/12/2017 – SÃO PAULO – O Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), Sidney Beraldo, afirmou ontem (7/12), durante o II Congresso de Gestão Municipal, que os prefeitos paulistas devem se preocupar mais com o planejamento das administrações.
“Vivemos um momento peculiar da vida nacional, de crise fiscal, ética e de confiança. Isso traz desafios para todos aqueles que estão na administração pública. Não dá para fazer mais do mesmo. Temos que fazer diferente para conseguir resultados diferentes”, declarou Beraldo.
Dados do IEG-M (Índice de Efetividade da Gestão Municipal) divulgado em outubro mostram que a maioria das 644 cidades paulistas recebeu classificação C (baixo nível de adequação) ou C+ (em fase de adequação) na área de planejamento. Criado pelo Tribunal em 2015, o indicador mede a eficiência das prefeituras em saúde, educação, planejamento, gestão fiscal, meio ambiente, tecnologia da informação e defesa civil.
“Não temos uma cultura de valorizar o planejamento. Quase 70% das prefeituras estão abaixo da média nesse quesito. E o IEG-M mostra que, quanto mais estruturado, mais consistente o planejamento, maior a nota do indicador como um todo”, ressaltou o presidente do TCESP. “Por isso é preciso treinar, capacitar e ter gestores com essa expertise na estrutura do governo”, completou.
O congresso – organizado pelo Instituto Paulista de Gestão Municipal (IPGM) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo – reuniu prefeitos, secretários, vereadores e especialistas em Direito, Administração e Finanças. No encontro, foram discutidos temas relacionados ao primeiro ano de mandato dos administradores.
Também participaram da reunião o Presidente da Alesp, Cauê Macris; o deputado Jorge Caruso; o presidente do IPGM, Marcelo Palavéri; o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa; e o assessor especial da Subchefia de Assuntos Federativos da Secretaria de Governo da Presidência da República, Palminio Altimari Filho.
“Quando gasta errado o dinheiro público, o administrador desperdiça recursos que deveriam ser usados para a melhoria da vida das pessoas”, disse Macris. “Os índices criados pelo Tribunal de Contas ajudarão muito os gestores. No médio e longo prazos, isso vai qualificar e melhorar muito a gestão pública.”